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sexta-feira, 9 de julho de 2010

O eco de som nenhum.

Imaginemos que eu fique longe pelos próximos seis meses, longe de tudo e de todos, todos aqueles que me odeiam, todos aqueles que me amam, e todos aqueles que não tem nada contra, nem a favor sobre mim, mas que eu sentirei falta. Imaginemos que eu fique fora por seis meses - ou do lado de dentro, dependendo do ponto de vista. -, o que muda? Mais algumas árvores sendo demolidas para a construção de um novo edifício, algumas imutações no solo por culpa das chuvas repentinas e violentas, as pessoas também mudam, mudam de objetivos, de endereço, de visual, mas eu, bem aqui dentro de mim, existe um sentimento que não se abala, ele não sai de dentro do meu coração, mas incha, fica maior a cada dia, e é desesperador saber que por todo esse tempo, esses seis meses, esse sentimento pode crescer muito mais, muito mais, de forma que não caiba mais dentro do peito, de forma que invada todos os outros sistemas do meu corpo, afanando o resto de sangue nas veias ou até mesmo o ar de meus pulmões, causando uma revolta em mim, uma rebelião, massacrando tudo que há de bom, levando consigo todas as melhores lembranças dos seus olhos e sorrisos, e deixando em mim uma grande, enorme, caixa de nada! Perdida no eco de som nenhum, vagando pelo escuro totalmente cega a procura de seus braços... por seis meses.

1 comentários:

Fernanda disse...

Belo texto, sinceramente!