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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Todas aquelas pontes.

Então, ela percebeu que andou quilômetros e passou em frente da mesma casa amarela com umas pessoas retratadas ao lado da porta marrom, de novo, e de novo. Ela andara em círculos, talvez, sempre adotava uma rua diferente para sair de lá, mas sempre assestava ao mesmo ponto. Ela andava e pensava o que faria quando saísse dali, por centenas de vezes, o rosto dele atormentava sua mente, ela sabia que ele a fazia mal, mas sempre soube que no momento em que se aproximassem, ela teria a melhor de todas as suas recompensas, mas isso nunca acontecia, ele nunca estava próximo, talvez seja porque ela nunca conseguiu sair da rua da casa amarela. Certo dia, ela bateu os pés no chão e decretou que conseguiria - e logo - sair dali, e conseguiria esquecer aquele rosto tão distante, então ela caminhava, caminhava, e caminhava, seus pensamentos se voltaram para ele, sempre, e cansada, percebeu que lá estava ela de novo, a casa amarela. Ela chorou, e não conseguia entender porque era sempre assim, uma voz lhe disse que ela teria que esquecer o rosto por completo, se desprender daquele mal, ela sabia disso, mas não conseguia, estava entregue demais, ela lutou para sair daquele inferno particular, mas não importava por onde passava, todas aquelas pontes a levavam para o mesmo ponto, todas aquelas pontes a levavam até ele.

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